Entrevista educacional em que consiste, características, fases

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Basil Manning

O entrevista educacional É uma ferramenta ou técnica de avaliação psicopedagógica que consiste na conversa entre duas ou mais pessoas com o propósito de patrocinar a colaboração das famílias, do aluno e das instituições de ensino na formação das gerações que serão adultas no futuro..

De forma direta ou indireta, a entrevista educacional visa obter informações seja para diagnosticar, obter ajuda ou estreitar o relacionamento com os interlocutores, a fim de compartilhar ideias, sentimentos, pensamentos que facilitem a construção de novos aprendizados em crianças e adolescentes. 

A entrevista educacional é uma técnica de avaliação psicopedagógica. Fonte: Pixabay

Esta ferramenta psicopedagógica pode ser apresentada entre professor-aluno ou entre professores-pais. Apresentam semelhanças em sua estrutura e características, mas variam principalmente nos temas abordados.

No caso da entrevista professor-aluno, é imprescindível falar sobre seus gostos e hobbies, planos futuros, bem como descrever a situação em que o problema aparece ou do que eles não gostam..

No caso dos pais-professores, é fundamental descrever os comportamentos que motivam o encontro, mas também outras áreas que são favoráveis ​​ao aluno. Também é necessário pedir uma opinião sobre o problema ou o motivo da entrevista.

Índice do artigo

  • 1 O que é a entrevista educacional?
  • 2 recursos
    • 2.1 Qualidades
  • 3 fases
    • 3.1 Primeira fase. Mensagem do host
    • 3.2 Segunda fase. Escuta ativa e pesquisa
    • 3.3 Terceira fase. Elaboração da estratégia a seguir 
    • 3.4 Quarta fase. Acordos e compromissos 
    • 3.5 Quinta fase. Disparamos
  • 4 referências

Qual é a entrevista educacional?

A especialista em pedagogia da Universidade Complutense, María Antonia Casanova, descreve-a como uma conversa intencional que permite obter dados que, de outra forma, não seriam obtidos devido ao seu caráter confidencial.

A entrevista para fins pedagógicos é uma espécie de entrevista de orientação que visa exclusivamente abordar temas acadêmicos, ou seja, visa obter ou facilitar ou transmitir informações sobre temas como: baixo rendimento, dificuldades com algumas disciplinas, conflitos com colegas ou professores. Também pode conter informações ou esclarecimentos sobre as perspectivas acadêmicas e de trabalho futuras do aluno..

Ao contrário da entrevista terapêutica, a entrevista educacional é dirigida pelo educador, que seleciona os objetivos e o conteúdo, além de solicitar informações pertinentes à família ou ao aluno..

Além disso, a tendência é que haja soluções possíveis desenhadas para a situação que surge, ou seja, é altamente provável que a família ou o aluno sejam orientados com algumas orientações a seguir para solucionar a situação..

O objetivo final desse tipo de ferramenta é contribuir para o bom desenvolvimento da criança ou adolescente, tanto no plano individual, familiar e social..

Caracteristicas

Pode ocorrer entre professores-pais ou professores-alunos. Fonte: Pixabay

A entrevista educacional possui características típicas de qualquer tipo de entrevista, tais como as seguintes:

- Tenha um objetivo claro, pois o sucesso da intervenção dependerá disso. Para isso, as informações a serem compartilhadas e os dados que se busca obter devem ser delimitados.

- Ocorre entre duas ou mais pessoas, que podem ser entre professores-pais ou professores-alunos.

- Ter um responsável pela condução da entrevista, que se encarregará de formular as perguntas, interrogar ou redirecionar a conversa para atingir os objetivos. Nesse caso particular, seria o profissional da educação quem deveria direcionar a interação. É também responsável pelo registro das informações coletadas.

O fluxo de informações é bidirecional, ou seja, os dados são obtidos e também compartilhados.

Qualidades

Este tipo de ferramenta pedagógica possui uma série de qualidades próprias, entre as quais se destacam:

- As informações compartilhadas referem-se à personalidade, comportamento, qualidades e potencialidades de crianças e adolescentes.

- O tempo é claramente delimitado, planejado com antecedência. Geralmente são curtas, concretas e ágeis, com início e fim predefinidos, o que a diferencia de outras entrevistas como as terapêuticas..

- O espaço onde ocorre a reunião deve ser confortável e agradável, prestando-se ao sigilo.

- A intenção imediata dessa conversa pode ser corrigir hábitos e atitudes, orientar ou apoiar determinada situação, bem como buscar soluções para os problemas psicológicos ou emocionais do aluno..

- A comunicação deve ser natural, num diálogo simples e fluido entre os participantes, para que se sintam à vontade para partilhar informações ou colocar as questões que considerem necessárias..

- É importante que o entrevistador mantenha uma atitude empática, porém objetiva durante a conversa, bem como transmita ao outro a garantia de que as informações compartilhadas serão tratadas com sigilo e discrição.

- O tom é oficial, cordial, moderadamente formal, mas com uma entonação que transmite empatia e franqueza. Olhar para o rosto nas culturas certas é essencial.

Fases

No campo educacional, a entrevista consiste em 5 fases básicas que estruturam a conversa e a troca de informações. Aqui está uma breve descrição da sequência de atos:

Primeira fase. Mensagem do host

Após a saudação inicial e sua apresentação, o professor faz uso de uma linguagem padronizada, nem coloquial nem técnica. Os participantes (caso não sejam o aluno) devem se apresentar e, de alguma forma, verificar a identidade e parentesco dos familiares que ali estão.

Se houver mais de um representante da instituição, é importante explicar porque estão presentes e como participarão.

Segundo estágio. Escuta ativa e pesquisa

Nesta fase, o profissional pode colocar à família ou ao aluno questões sobre aspectos privados da família que estão ligados ou podem influenciar a educação. É importante que você mantenha a estrutura de tópicos que você estabeleceu anteriormente para que não haja questões deixadas intocadas.

Também é necessário que o professor anote as informações fornecidas pelos representantes e, se necessário, interrogue o que está incompleto ou confuso..

Terceira fase. Elaboração da estratégia a seguir 

Após a coleta das informações, o professor pode orientar e sugerir a estratégia a seguir para solucionar a situação ou melhorar algum comportamento que esteja afetando o desenvolvimento educacional do aluno..

O profissional faz propostas, mas os representantes ou o aluno são livres para aceitá-las ou rejeitá-las, para o que é importante que estejam preparados para os dois cenários..

Quarta fase. Acordos e compromissos 

Depois de estabelecida a estratégia, na qual provavelmente já houve alguma negociação, caso não tenha sido totalmente aceita pelos participantes, devem ser especificadas as ações a serem seguidas.

Nesse momento, a concordância de ambas as partes deve ser expressa e o professor deve solicitar o comprometimento do aluno ou da família. Por sua vez, você deve se comprometer a cumprir o plano que foi estabelecido de maneira consensual..

Quinta fase. Disparamos

Na última fase, o professor deve verificar se os familiares ou o aluno estão dispostos a encerrar a entrevista, se não há dúvidas nos aspectos discutidos e por fim encerrar a conversa.

O tom pode ser um pouco mais afetivo dependendo da evolução do encontro, porém, a formalidade deve ser mantida, pois deve-se considerar que se trata de instituição de ensino.

Referências

  1. Torre Puente, J.C. (2001) Aconselhamento familiar em contextos escolares. Espanha: Pontifícia Universidade Comillas.
  2. Mora Hernández, L. (2006) Avaliação diagnóstica no atendimento a alunos com necessidades especiais. Costa Rica: Editorial State Distance University.
  3. Albaladejo, M. Como Dizer: Entrevistas Eficazes em Educação. Barcelona: Editorial Graó.
  4. Morga Rodríguez, L. (2012). Teoria e técnica da entrevista. México: Rede do Terceiro Milênio.
  5. Sánchez, R.C. (s.f.). A entrevista educacional. Recuperado de monogramas.com

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