Os avanços tecnológicos estão encontrando grandes possibilidades de aplicação no campo da psicologia. De ferramentas de realidade virtual para tratar diferentes medos e fobias a aplicativos como o Stimulus, que melhoram e estimulam habilidades cognitivas por meio de tablets e telefones celulares.
Por ocasião da irrupção das novas tecnologias no setor da Psicologia, realizou-se em Almería no passado mês de abril o I Congresso Internacional de Psicologia com enfoque na Inovação Tecnológica e Empreendedorismo. A organização deste congresso buscou, como objetivo fundamental, aumentar o grau de consciência da mudança que a profissão de psicólogo está vivenciando e equilibrá-la com o desenvolvimento tecnológico..
Os aplicativos de estimulação cognitiva são uma ajuda extra para praticar em casa as atividades realizadas durante a terapia.
O treinamento cognitivo visa prevenir o envelhecimento prematuro do cérebro. Vários estudos descobriram que o cérebro de uma pessoa de 80 anos perdeu (em média) 15% de seu peso original.
Este fenômeno não ocorre em nenhuma outra espécie e várias teorias sustentam que é devido ao fato de que o volume do nosso cérebro é comparativamente maior do que o de outros animais. Além disso, outro fator muito importante a se considerar é o fato de que os seres humanos vivem muito mais tempo do que os primatas, nossos parentes mais próximos..
Talvez esse prolongamento da nossa expectativa de vida seja o que tenha causado a deterioração cognitiva de um órgão que, inicialmente, não estava preparado para permanecer em funcionamento por tantos anos..
Ao contrário do que muitas pessoas presumem, a perda de habilidades cognitivas começa muito cedo na vida. A deterioração inicial começa após os 20 anos, porém é uma perda muito lenta e quase imperceptível.
Os exercícios que se propõem neste tipo de aplicações costumam estar ligados à memória, cálculo, raciocínio ou comunicação e são especialmente indicados para idosos ou com algum tipo de deficiência..
Além disso, a possibilidade de medir o desempenho do paciente em diferentes áreas permite quantificar a inevitável deterioração cognitiva causada pelo passar dos anos..
Ao iniciar um treinamento cognitivo, a primeira coisa que devemos fazer é estabelecer um diagnóstico que defina a capacidade cognitiva e cerebral da pessoa. A partir deste ponto de partida, será muito mais fácil estabelecermos um programa de treinamento adequado ao nível básico de cada paciente..
A partir daqui, o objetivo será fortalecer as áreas que precisam melhorar sua capacidade e, acima de tudo, evitar seu declínio ao longo dos anos..
Os dados fornecidos por essas ferramentas nos ajudam a fazer uma análise constante dos resultados após cada sessão. Dessa forma, é possível avaliar a evolução e o desempenho de cada uma das áreas cognitivas tratadas para fazer modificações no treinamento..
Com o passar das sessões e a aquisição de novas habilidades pelo paciente, a dificuldade dos exercícios nessas aplicações pode ser aumentada..
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