As córregos sociológico São modos de pensamento que buscam dar respostas às questões que podem surgir em torno do ser humano organizado em sociedades regidas por convenções sociopolíticas, econômicas e sociais, que é o objeto de estudo da sociologia..
Com o nascimento da sociologia como ciência no século 19, surgiram várias correntes sociológicas que buscaram dar conta dos fatos sociais do momento: a Revolução Francesa, a Revolução Russa, o capitalismo vs. comunismo, entre outros problemas.
Esta constitui a primeira etapa do desenvolvimento das correntes sociológicas e seu representante máximo é Karl Marx.
Essa primeira etapa foi seguida pela segunda, que se inspirou nos estudos das primeiras correntes sociológicas, mas se diferenciava dessas por buscar o que era o elemento essencial da sociedade. O representante desta etapa é Max Weber.
Cada uma dessas correntes apresentou uma abordagem diversa para explicar as mudanças na sociedade e buscou interpretar e analisar o comportamento do ser humano como entidade social ao longo da história. Desde então, várias correntes surgiram, com abordagens diversas.
As três principais correntes sociológicas são o materialismo histórico, a sociologia abrangente e o funcionalismo estrutural..
O materialismo histórico é a base do marxismo (conjunto de ideologias propostas por Karl Marx). Em muitas ocasiões, o marxismo é erroneamente considerado simplesmente uma corrente da economia. Porém, é muito mais do que isso, constitui uma corrente política e social.
Somado a isso, o marxismo oferece uma forma de compreender o ser humano e sua relação com o mundo. É um modelo de análise para o estudo da sociedade. Essa concepção é chamada de "materialismo histórico" ou interpretação materialista da história..
Antes de Marx levantar a teoria do materialismo histórico, prevalecia a interpretação idealista da história, segundo a qual a revolução não é necessária porque as mudanças vêm por si mesmas.
No entanto, com os estudos de Marx, o idealismo é deixado para trás e o materialismo domina. Em termos gerais, o materialismo histórico é comparável à teoria da evolução de Darwin; ou seja, a interpretação materialista da história constitui a lei da evolução da história humana.
O materialismo propõe que, para que ocorram mudanças, os seres humanos precisam primeiro satisfazer suas necessidades materiais: beber, comer, vestir-se e ter um lar. Uma vez que os humanos tenham satisfeito essas necessidades, eles podem desenvolver relações sociais, políticas, econômicas e culturais..
Da mesma forma, o materialismo histórico indica que, para que os elementos necessários à satisfação das necessidades básicas sejam produzidos, o Estado deve desenvolver os meios de produção, que são a base da vida social..
Assim, de acordo com o materialismo histórico, a relação entre os seres humanos, os bens materiais e os meios de produção é a seguinte:
Sem meios de produção, não há bens materiais; sem bens materiais, não há satisfação de necessidades; sem satisfação de necessidades, não há vida social.
A evolução dos meios de produção e o aperfeiçoamento destes é o que determina o progresso e o sucesso das sociedades..
Esta evolução é estudada pelo materialismo histórico. Nesse sentido, a interpretação materialista da história inclui a existência de seis modos de produção, que se apresentam a seguir..
Não existem classes sociais e a propriedade dos meios de produção é coletiva. Por exemplo, os grupos sociais que se desenvolveram durante a Idade da Pedra.
Existem duas classes sociais: proprietários de escravos e escravos. A propriedade dos meios de produção é privada. Por exemplo, os regimes que proliferaram nas colônias da América durante os séculos XVII e XIX.
Existem três classes sociais: o senhor feudal, os vassalos e os servos de gleba. A propriedade dos meios de produção é privada. Por exemplo, o sistema que se desenvolveu na América a partir do século 19.
Possui duas classes sociais: burguesa e proletariado. A propriedade dos meios de produção é privada. Por exemplo, a maioria das sociedades de hoje segue o modelo capitalista.
É um modelo de transição que visa levar ao comunismo. Copie as classes sociais do modelo que o precede.
A propriedade dos meios de produção é privada. Por exemplo, China, Equador, Venezuela e Coréia do Norte seguem o modelo socialista.
Não existem classes sociais e a propriedade dos meios de produção é coletiva. Segundo Marx, este é o modelo de produção ideal e só se consegue com a ditadura do proletariado.
Essa corrente da sociologia surge a partir da obra de Max Weber (1864-1920), um teórico alemão. Weber parte da obra de Marx e do movimento operário que ele desencadeou.
Ele defendeu a limitação do capitalismo e a modernização das estruturas que compunham o Estado, mas sem transformações radicais como as que ocorreram na Revolução Russa, pois estas levaram à ditadura..
A sociologia abrangente de Weber estabelece que, ao estudar a sociedade, dois elementos devem ser levados em consideração: a valoração e a racionalização..
A avaliação é o aspecto subjetivo, que permite determinar qual será o objeto de estudo. Já a racionalização é o aspecto objetivo, que visa explicar o tema que foi selecionado..
Nesse sentido, a sociologia abrangente busca compreender o significado das interações sociais por meio da análise objetiva..
O funcionalismo estrutural encontra seu maior expoente em Parsons (1902-1979), um pensador americano. Esta corrente considera que o centro da sociedade é a ação, entendendo por ação qualquer ato realizado pelo ser humano de forma consciente ou inconsciente.
As ações dos seres humanos estão localizadas em quatro níveis: o biológico, o psíquico, o social e o cultural. O estudo das ações sociais (interações entre indivíduos ou grupos levando em consideração uma série de normas culturais estabelecidas e compartilhadas pelo coletivo) é o objeto do modelo estrutural-funcionalista..
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