Big Data e a revolução na pesquisa psicológica

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Anthony Golden
Big Data e a revolução na pesquisa psicológica

O conceito Big data refere-se ao uso de grandes bancos de dados mas também às tecnologias e metodologias que permitem que as informações sejam coletadas por meio de vários dispositivos.

A psicologia, como disciplina baseada no método científico e na pesquisa, não pode ficar alheia a esses avanços. Deve ser facilitado que profissionais e pesquisadores pode acessar esta tecnologia a fim de melhorar seu desempenho profissional.

Big Data, Psicologia e a Nuvem

Às vezes, a psicologia tem seu escopo limitado pela impossibilidade de acessar milhares de indivíduos em seu ambiente natural. Graças ao uso de big data tanto no campo profissional quanto no acadêmico, será possível acessar uma grande quantidade de informações geradas no contexto natural das pessoas que participam da pesquisa.

Big data não seria possível sem o grande número de dispositivos existentes, como smartphones ou smartwatches, em conjunto com empresas de tecnologia dedicadas à produção de software como o scraping que facilita o acesso à informação.

Talvez o ponto mais relevante em relação a reflexão entre Big data e psicologia seja o fato de os dados coletados serem armazenados em servidores remotos, popularmente conhecidos como "a nuvem".

O papel das redes sociais

Como exemplo, as investigações estão começando a aparecer com amostras de dezenas de milhares de pessoas que analisam e tentam encontrar uma ligação entre seus comportamento nas redes sociais e certas características da sua personalidade. 

Nesse sentido, foram desenvolvidos algoritmos que tente detectar comportamentos depressivos dependendo do tipo de postagens compartilhadas nessas plataformas.

Outro estudo interessante usa a análise combinada de "curtidas" do Facebook e testes de personalidade para discriminar características como orientação sexual, uso de substâncias, idade, sexo, opiniões políticas e características de personalidade.

Esse tipo de estudo nos permitirá acessar informações sobre o comportamento das pessoas em uma escala até agora inimaginável..

Desenvolvimento de Aplicativos Móveis e pesquisa em Psicologia

O desenvolvimento de aplicativos (aplicativos) para dispositivos móveis pode contribuir para a pesquisa psicológica de várias maneiras. Talvez o mais simples a priori seja o estabelecimento de acordos de colaboração científica com desenvolvedores de aplicativos relacionados a questões psicológicas (promoção de exercícios físicos, aplicativos para reduza a ansiedade através da prática mensurável, Programas para melhorar a autoestima, etc.)

Em muitas ocasiões, o desenvolvimento dos aplicativos acima foi realizado por empresas de tecnologia que não tiveram teorias psicológicas durante sua criação. Por isso, o estabelecimento de acordos de colaboração que permitam ao psicólogo se envolver no desenho dessas aplicações pode melhorar tanto sua qualidade quanto os resultados obtidos pelos usuários..

A consequência lógica derivada do acima é ter dados de maior qualidade derivados desses aplicativos.

Em um cenário ideal, poderíamos ter uma série de "aplicativos psicológicos" devidamente aprovados e testados por associações profissionais e que tenham todas as garantias técnicas e jurídicas exigidas.

Big Data e seu papel na formação de futuros psicólogos

A figura do psicólogo do Big Data desponta como uma das oportunidades profissionais para o psicólogo com uma profunda treinamento em psicometria e estatística aplicada às ciências comportamentais.

Por isso, a formação do futuro psicólogo deve incorporar conteúdos e disciplinas que lhes permitam abordar e analisar a vasta quantidade de informações oriundas das novas tecnologias..

Também será necessário aprofundar-se no aspecto deontológico para saber diferenciar entre o que podemos saber e o que precisamos saber sobre uma pessoa para contribuir com a melhoria de sua vida. saúde mental e qualidade de vida.


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