Um novo transtorno de ansiedade O que é FOMO?

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Simon Doyle
Um novo transtorno de ansiedade O que é FOMO?

O medo é meu companheiro mais fiel, nunca me enganou para ir com outro. Woody Allen

  • Ricardo, ao ver as fotos de seu amigo Javier no Facebook, fica furioso por não ter podido viajar como ele para a Europa.
  • Alejandra lamenta muito por ter deixado o celular em casa e, embora já estivesse no trabalho, pediu licença para voltar alegando que havia esquecido um medicamento, para entrar em contato com sua comunidade no WhatsApp.
  • Xóchitl, é apaixonada por fotografia e atualiza constantemente o seu perfil à espera de comentários ou um "gosto" que a motiva quase todos os dias.
  • Bernardo, viaja todos os dias em transporte público e um de seus maiores medos é ficar preso no trânsito e ficar sem bateria de celular.
  • Maria é constantemente criticada por seus amigos e familiares porque em todas as reuniões é impossível para ela parar de consultar seu smartphone o tempo todo.

Conteúdo

  • O que é o FOMO?
  • Medos universais
  • Etiologia
  • O que o produz?
  • Quem são mais vulneráveis ​​a isso?
    • Na interação com a rede, podemos sentir
  • Diagnóstico, como você sabe se temos "FOMO"?
    • Dicas, para neutralizar o uso inadequado de tecnologia e redes sociais
    • Bibliografia

O que é o FOMO?

O que todos esses personagens têm em comum? Eles sofrem do que parece ser um novo tipo de transtorno de ansiedade conhecido como: "FOMO".

"FOMO" é a sigla para a frase em inglês "Fear Of Missing Out" que tem uma interpretação polissêmica, ou seja, de vários significados:

  • Medo de perder algo (algum evento importante: FESTAS OU EVENTOS)
  • Medo de estar do lado de fora ou de estar isolado (é como uma fobia social, mas invertida)
  • Medo de ser deixado de fora ou sozinho (autofobia)
  • Medo de não saber o que os outros estão fazendo (amigos, familiares, contatos em geral)

No “FOMO”, sentimos ansiedade e depois medo, ambos os conceitos são explicados a seguir:

Medo: É a resposta de alarme inata e biológica a situações de ameaça ou de risco de vida (Halguin & Krauss, 2004).

O medo, segundo a DRAE, "é aquela perturbadora perturbação do humor devido a um risco ou dano real ou imaginário" e é um sentimento comum a todos os seres humanos (El Confidencial, 2015).

Ansiedade: Resposta global e orientada para o futuro, que envolve componentes cognitivos e emocionais, em que o indivíduo costuma estar apreensivo, tenso e incomodado com a possibilidade de algo terrível acontecer (Halguin & Krauss, 2004).

Como podemos ver no "FOMO" eles estão simbolicamente reunidos: medo, ansiedade e um risco imaginário de ficar isolado e no paradoxo do cérebro para isolar as pessoas pessoalmente, como acontece com Phubbing, que será descrito mais adiante.

Medos universais

Todos nós temos medos e, culturalmente, a maioria dos medos é compartilhada com outras pessoas.

Karl Albrech, PhD em Psicologia, descreve na revista Psychology Today que existem cinco medos básicos: Medo da morte, Medo de perder a autonomia, Medo da solidão, Medo da mutilação e Medo de sofrer danos e danos ao ego Confidencial, 2015).

Etiologia

É considerado um novo transtorno de ansiedade, pois dentro deles estão: ansiedade, fobias específicas, fobia social, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo TOC e transtorno de estresse agudo e transtorno de estresse pós-traumático PTSD.

Este medo ou conjunto de medos tem origem social, uma vez que, como seres humanos, somos seres sociais e relacionais (Fischer, 1990)..

Um terço da população mundial sofre de FOMO (Significados, 2018).

O que o produz?

Basicamente, o uso de redes e o uso de tecnologia (telefones celulares e dispositivos para se conectar à rede).

É importante destacar que existem mais de 70 redes especializadas, em fotografias, estilos de vida, turismo, telefones celulares, vídeos, negócios, redes sociais e internacionais.

Uma rede social é um tipo de aplicativo, que é utilizado por meio da Internet com um navegador, que serve para conectar as pessoas com seus amigos e fazer novos amigos no processo (Villamil, 2016).

Dentre eles, os mais usados ​​e conhecidos são Facebook, Twitter e Instagram.

Assim, para quem quer ter uma boa imagem na internet, em geral só compartilham coisas agradáveis, isso pode nos fazer pensar que a vida dos outros é divertida, agradável e que vale a pena viver essa vida, não a nossa

Quem é mais vulnerável a isso?

Todos nós somos vulneráveis ​​a sofrer de "FOMO". No entanto, existem populações mais vulneráveis ​​como os jovens porque é na sua independência da família, no seu mundo social e no contacto com os amigos que dão sentido à sua vida..

Na interação com a rede, podemos sentir

  • Isolamento, sem saber o que acontece no mundo dos meus contatos,
  • Comparação, supondo que outros façam coisas interessantes e eu não,
  • A necessidade de consultar obsessivamente as redes e se sentir mal se elas não podem fazer isso,
  • Vício em internet, e materialmente sofrer desconforto se não conseguir, é como a síndrome de abstinência dos viciados em drogas,
  • Nomofobia (medo de ficar sem celular, sem bateria, sem conexão com a internet),
  • Também podemos experimentar outras emoções além do medo, como a inveja, pela vida que vemos dos outros quando nos comparamos com eles.
  • Sentir baixa autoestima e depressão por acreditar que nossa vida não é tão interessante quanto a de nossos amigos, conhecidos ou contatos.
  • Podemos até sentir que a nossa vida não é nada comparada com o leque de possibilidades (viagens, celebrações, ambientes e atividades que outros realizam).
  • Sem saber, isolar os outros pessoalmente, quando estou constantemente consultando meu celular (Phubbing)

Sentir-se conectado pela Internet, mas desconectado do mundo real. Esse é o fenômeno Phubbing (Universia, 2016).

Diagnóstico, como você sabe se temos "FOMO"?

Temos "FOMO" quando quando nos afastamos de nossas redes e dispositivos de contato, experimentamos os seguintes sintomas:

  • Ansiedade,
  • Medo (isolamento social),
  • Nomofobia (perder contato, não ter um celular, não ter uma rede, não ter uma bateria),
  • Phubbing (ignoramos os outros por estarem cientes do nosso celular),
  • Dependência de redes ou telefone (consulte obsessivamente nossas redes sociais),
  • Depressão,
  • Baixa auto-estima.

Dicas, para neutralizar o uso inadequado de tecnologia e redes sociais

  • Estabeleça prioridades na comunicação com pessoas reais e virtuais.
  • Auto regular, nossa própria presença nas redes sociais para que não se torne um comportamento viciante ou obsessivo.
  • Não se compare com o suposto bem-estar alheio nas redes sociais, é fato que “o que você vê nas redes sociais não é o que realmente é”.
  • Embora para o cérebro a vida virtual seja igual à vida pessoal, é melhor ter experiências com pessoas reais de carne e osso.
  • Aproveite as redes sociais, para entrar em contato com velhos amigos e manter seus amigos de verdade, não para viver apenas em um mundo virtual.
  • Quando alguém realmente aproveita a vida, não se preocupa tanto em postar na rede, mas em curtir, quem gosta, geralmente tem baixa autoestima e precisa de reconhecimento social, e realmente se esquece de curtir o cara a - momentos faciais da vida,
  • Você pode planejar seu tempo de descanso e seu tempo de contato com a rede. a coexistência face a face com seus entes queridos é mais importante do que a coexistência virtual, que é apenas uma opção entre muitas outras.
  • Faça atividades face a face e de contato com outras pessoas, como exercícios, canto, dança, jogos, caminhadas, ioga ou meditação.
  • Dê mais importância ao contato real do que ao contato face a face, ativa toda a sensorialidade dos seus sentidos: ouvir a voz de alguém, tocá-lo socialmente, saborear seu perfume preferido, abraçar e beijar um ente querido não tem preço. Isso é feito pessoalmente, não virtual.
  • Se você estiver em uma reunião de família ou com amigos, passe uma cesta onde todos os celulares podem ser guardados para curtir realmente o evento.
  • Defina seu próprio tempo virtual para ficar conectado, mas dê prioridade ao seu tempo presencial.
  • Se você acha que o “FOMO” te pegou, você tem a opção de mudar seus hábitos.
  • Se não conseguiu com todos os efeitos e consequências do “FOMO”, pode procurar ajuda profissional e estou aqui para o servir..

Bibliografia

  • Fischer G. (1990) Social Psychology (Fundamental Concepts), Editorial Narcea, Madrid.
  • Significados (2018) Significado do FOMO, consultado em 22 de janeiro de 2018, Online: https://www.significados.com/fomo/
  • Universia (2016) O que é Phubbing e como nos afeta? acessado em 22 de janeiro de 2018, Online: http://noticias.universia.es/ciencia-tecnologia/noticia/2016/05/13/1139303/phubbing-como-afecta.html
  • Villamil G. (2016) Process Magazine, Social Networks (Vertigo and Passion), No. 53, México.

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