O nada Foi um movimento literário que surgiu na Colômbia no final dos anos 1950 como uma resposta ao sistema social e cultural que prevalecia naquela época. Essa corrente buscou revolucionar os estatutos tradicionalmente instituídos por instituições e academias..
O principal criador do Nadaism foi o escritor, poeta e jornalista colombiano Gonzalo Arango. Este autor orientou o comportamento do movimento aos preceitos das correntes de vanguarda da época e convidou vários jovens a ingressarem..
Embora em princípio o conceito não fosse bem definido, estava associado à percepção e interpretação da existência. O nadaismo foi uma espécie de protesto social e sua intensidade e polêmica perseguiram a provocação das elites sociais, culturais, políticas, religiosas e morais..
A filosofia desse movimento foi baseada no pensamento do francês Jean Paul Sartre, do alemão Friedrich Nietzsche e do americano Henry Miller. Seu legado foi a mudança constante.
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O nadaismo surgiu em 1959 na cidade de Medellín, na Colômbia, por iniciativa do escritor Gonzalo Arango. Seu nascimento esteve vinculado ao contexto político-social do país, que se caracterizou pela duplicidade de critérios de quem devia manter a ordem e o bom funcionamento do Estado..
Este movimento literário e filosófico nasceu em meio a uma sociedade governada pelos movimentos políticos que levaram Gustavo Rojas Pinilla ao poder, após um golpe contra Laureano Gómez. O nadaismo surgiu como um mecanismo de defesa contra as tradições religiosas, sociais e literárias de meados do século 20.
O primeiro passo de Arango foi motivar um grupo de jovens escritores colombianos a ingressar no movimento. Os membros do Nadaism tentaram irritar os escalões superiores da sociedade apelando para um protesto social constante das normas estabelecidas.
O nada buscou com intensidade e rebeldia quebrar e desestabilizar a "ordem" estabelecida em um ambiente caracterizado pela miséria e pelas convenções. Havia nesse movimento a necessidade de incorporar as inovações literárias de vanguarda que surgiam para expressar com maior liberdade sua percepção de vida..
Gonzalo Arango assumiu a tarefa de escrever um documento no qual expressasse a razão de ser do Nadaismo como movimento literário e filosófico. O documento foi dividido em treze estatutos. O texto referia-se ao conceito, ao artista, à poesia e à prosa, ao revolucionário e mutante, à educação e à liberdade.
O nada não foi especificamente definido por Arango neste manifesto. O intelectual o propôs como uma proposta ampla, baseada no espírito consciente e na busca do novo para encontrar a verdadeira liberdade do homem e seu valor na sociedade..
Os treze estatutos ou preceitos estabelecidos por Gonzalo Arango sobre o Nadaism são mencionados abaixo..
- "Definição de Nadaism".
- “Conceito sobre o artista”.
- "Nada e poesia".
- "Nada e prosa".
- "Proibido cometer suicídio".
- "Nadaism: princípio da dúvida e nova verdade".
- "Nadaísmo: legítima revolução colombiana".
- “Impostura da educação colombiana”.
- "Nadaism é uma posição, não uma metafísica".
- "Rumo a uma nova ética".
- "Solidão e liberdade".
- "O nadaismo e os cocacolos".
- “Não deixaremos uma fé intacta, nem um ídolo em seu lugar”.
Gonzalo Arango nasceu em 18 de janeiro de 1931 na cidade de Los Andes, em Antioquia. Destacou-se por ser escritor, jornalista e poeta. Sua obra literária foi marcada por conflitos entre liberais e conservadores e pelo papel da Igreja na educação na adolescência. Por esse motivo, seus escritos eram rebeldes e desafiadores.
A oposição constante de Arango ao que a sociedade de seu tempo impôs e à literatura que se desenvolveu o levou a criar o Nadaism. Foi assim que ele se afastou do sentimentalismo para abrir caminho para o novo. O poeta faleceu em 25 de setembro de 1976 em um acidente de carro, mas deixou um legado de estética literária renovada..
- Primeiro manifesto nadaista (1958).
- As camisas vermelhas (1959).
- Sexo e saxofone (1963).
- Prosa para leitura na cadeira elétrica (1966).
- Boom contra pum pum (1967).
- Trabalho negro (1974).
Uma das principais características do Nadaism era que não estava sujeito a nenhuma organização, entidade ou partido político. Em vez disso, era uma proposta gratuita tanto em conteúdo quanto em estética, que buscava expandir as possibilidades literárias e culturais da Colômbia..
Nadaism recusou-se a ver o artista, criador ou poeta como um ser superior. O movimento considerava que o artista não deveria ser valorizado como uma entidade distante do terreno, mas que era preciso retornar ao seu lugar humano para poder compreendê-lo. O homem expressa e o artista molda o exteriorizado.
O nadaismo se destacou por dar uma visão mais ampla à poesia. Ele o ergueu como um espírito desorientado, que buscava desorganizar o que estava estabelecido pelo sentimentalismo, igualdade e justiça. A poesia nadaista era rebelde, desafiadora, combativa e anti-tradicional.
Com a chegada do Nadaism no século 20, o desenvolvimento da poesia na Colômbia se separou dos preceitos métricos e rítmicos e com o tempo tornou-se irracional e menos retórico. Ele se encarregou de desvendar uma beleza diferente, baseada no puro e no oculto.
Os nadaistas incluíram a prosa em sua revolução estética e deram a ela um caráter expressivo, mas do ilógico e do irracional. Nadaism convidou a exteriorizar a realidade do absurdo e se afastou da retórica organizada. O movimento deu ao artista ou escritor total liberdade para criar.
Nadaísmo teve como objetivo dar ao cidadão colombiano uma cultura diferente daquela a que estava acostumado. Ele buscou a transformação de uma sociedade atolada na miséria e no poder dominante de uma minoria. Ele procurou dar à sociedade a liberdade e flexibilidade de conhecimento para se livrar da mentira da realidade.
Uma característica marcante do Nadaism foi sua originalidade e independência dos movimentos literários colombianos e estrangeiros. Era um tipo de cultura e forma de expressão isolada de todo pensamento e ideal europeus. Sua atenção estava voltada para o desenvolvimento do homem e não para os ornamentos da paisagem que o acompanhava..
Os nadaistas conceberam seu movimento como temporário. Essa definição estava ligada ao constante processo de mudança em cada revolução. O nadaismo via o homem como uma entidade que deveria se renovar e não permanecer arraigada nos estatutos tradicionais de uma sociedade que apenas tentava disfarçar a realidade e limitar as liberdades..
O nada celebrava a vida sem medo e com a convicção de que era uma só. É assim que em seus textos ele se refere a todos os tabus da sociedade do século 20, como o medo de um lugar diferente do céu e o castigo de Deus. Ele queria que o homem vivesse em uma realidade com infinitas opções.
Foi um escritor, romancista e ensaísta colombiano cujo trabalho se desenvolveu dentro dos parâmetros do Nadaismo. Sua trajetória literária se desdobrou entre publicações, manifestações culturais e a luta pela difusão de uma nova forma de arte em seu país natal. O intelectual foi o vencedor do Prêmio Novela Nadaísta de 1967.
- Islanada (1967).
- O universo humano.
- Bunda de garrafa. Poema.
Ele nasceu em 20 de dezembro de 1943 na cidade de Envigado em Antioquia. Sua educação foi em grande parte autodidata; na adolescência, ele abandonou a escola para se dedicar à escrita e ao movimento nadaista. A sua obra englobou vários géneros literários, entre os quais ensaios, biografias, romances e contos..
- Invenção da uva (1966).
- Do embrião à embriaguez (1969).
- Quack (1970).
- Confissão mínima (1975).
- Correspondência violada (1980).
- Nadaismo crônico e outras epidemias (1991).
- Provas e tentativas (2001).
- Prosa incompleta (2003).
- Poemas ilustrados (2007).
- Quando nada concorda (2013).
- cabos soltos (2017).
Foi um escritor e historiador antioquenho que se destacou por conferir à história uma categoria profissional. Ele frequentou estudos universitários em ciências sociais e direito. A sua obra literária se encarregou de investigar e dar a conhecer a origem das ideias e pensamentos que surgiram no seu país; também analisou a forma de relacionamento dos grupos indígenas.
- Pensamento colombiano no século 19 (1964).
- Alguns aspectos da personalidade colombiana (1969).
- História da pedagogia como história da cultura (1970).
- Da sociologia à história (1994).
- Memórias intelectuais (2007).
- Filhos das trevas (2012).
Foi um escritor e poeta colombiano considerado um dos principais fundadores do Nadaism junto com Gonzalo Arango. Pouco se escreveu sobre sua vida e obra, mas sabe-se que o conteúdo de seus textos ia contra o sistema social, artístico e cultural de sua época..
- O reclinado de Mantegna.
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