Papel educativo da família na sociedade

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Charles McCarthy
Papel educativo da família na sociedade

papel educacional da família na sociedadeele evoluiu significativamente ao longo da história. Tanto é que o sistema educacional se encarregou de compartilhar com ele a educação da criança..

No entanto, nem todas as famílias cumprem seu papel igualmente. Em cada casa é utilizado um estilo educacional que, com mais ou menos sucesso na educação, desempenha um papel relevante no desenvolvimento da criança..

A família é um grupo de pessoas que compartilham características comuns. Eles tendem a ficar juntos com o tempo e compartilhar a mesma casa na maioria dos casos.

Em todas as famílias, os laços são estabelecidos entre seus componentes. A partir destes, são geradas normas, adquiridos valores e adotada uma simbologia que todos os seus componentes irão compreender..

Índice do artigo

  • 1 Socialização como agente educativo
  • 2 O que as crianças aprendem na família?
    • 2.1 Habilidades emocionais e sociais
    • 2.2 Relacionamento com irmãos
    • 2.3 Padrões e valores
    • 2.4 Autonomia
  • 3 estilos educacionais familiares
    • 3.1 Estilo autoritário
    • 3.2 Estilo permissivo
    • 3.3 Estilo democrático
  • 4 referências

Socialização como agente educativo

Dentro das funções da família encontramos a função reprodutiva, econômica, educacional e de cuidado.

O aprendizado começa com a família. É onde são adquiridos os primeiros hábitos que vão funcionar como ferramentas de vida para que a criança seja capaz de funcionar no seu contexto.

Para isso, devemos citar o conceito de socialização, por ter papel central na função educativa e, além disso, está intimamente relacionado à cultura em que o indivíduo se desenvolve..

A possibilidade de a criança adquirir sua cultura e se adaptar ao meio para participar da vida social, serão os ingredientes necessários com os quais ela poderá se adaptar à sociedade e interagir nela..

Para que a socialização aconteça, existem agentes denominados agentes socializadores, dos quais distinguimos três níveis:

  • Primário (família).
  • Secundário (escola, amigos, religião, etc.).
  • Terciário (reeducação e prisão).

Tudo isso permite que o desenvolvimento ocorra de forma favorável e, portanto, favorece a inserção da criança no contexto em que viveu..

O que as crianças aprendem na família?

Todo o processo educacional começa na casa da família como uma fonte prioritária e depois continua a se desenvolver a partir de outros aspectos na escola.

Como aponta o modelo ecológico de Bronfenbrenner, é essencial analisar o indivíduo em seu contexto. Não é possível estudá-lo sem levar em conta o lugar onde interage, com quem interage e como o afeta..

Habilidades emocionais e sociais

A influência da família desempenha um papel central neste desenvolvimento, como a aquisição de competências para expressar emoções, a relação estabelecida com os pais (apego), a prática de competências sociais na comunicação interpessoal, etc..

Por isso, podemos dizer que a família é o componente onde se aprendem as aptidões primárias e os saberes sociais mais importantes dos primeiros anos de vida, onde se enfrentam as primeiras experiências..

Relacionamento com irmãos

Uma delas é a chegada dos irmãos. Trata-se de uma grande mudança na rotina das crianças que, até agora, têm sido únicas. As modificações comportamentais começam a aparecer onde a relação paterna muda, as obrigações aumentam e a interação com a família diminui.

A família constitui um pilar relevante na educação dos filhos, embora não seja o único, uma vez que todas as suas funções são suportadas pela escola.

Normas e valores

Não há dúvida de que a família tem funções educativas básicas, onde o afeto e o apoio devem existir sempre como regra fundamental da convivência cotidiana no lar familiar..

Tudo isso permite um desenvolvimento infantil satisfatório, beneficiando o aprendizado das regras, a aquisição de valores, a geração de ideias e padrões de comportamento adequados ao contato bem-sucedido com a sociedade..

Autonomia

Além disso, é importante que garantam estabilidade por meio da rotina e gerem novas experiências que proporcionem aprendizado para a criança, de forma que ela esteja preparada para situações nas quais deve responder com autonomia..

Estilos educacionais familiares

Através do vínculo afetivo que a criança mantém com os pais, serão criados diversos vínculos que darão origem a um crescimento ideal, gerando um sentimento de confiança para garantir um apego eficaz..

Dos diferentes estilos educacionais derivam os padrões de comportamento com os quais se reage a situações cotidianas familiares. É sobre a forma como a família trabalhará para atingir os objetivos educacionais propostos..

Esses estilos são formados a partir de duas dimensões básicas: suporte para Y ao controle. O apoio, por um lado, vem do afeto (expressão de emoções) e da comunicação (interação e participação entre pais e filhos).

Por outro lado, o controle está relacionado ao próprio controle (gestão das regras) e às demandas (responsabilidade e autonomia esperadas das crianças).

Os principais estilos educacionais são:

Estilo autoritário

O autoritarismo é marcado pela imposição e controle, o poder como ferramenta educacional. É a figura paterno / materna quem toma as rédeas e decide, em hipótese alguma, sem levar em conta o envolvimento da criança nos termos das regras, que costumam ser excessivas.

Os pais são responsáveis ​​por orientar os filhos no melhor caminho e, por isso, entendem que o respeito está ligado ao temor. Eles mostram diferentes comportamentos e razões como verdade absoluta.

Normalmente, a imposição é a principal aliada para a resolução de conflitos e, por isso, propõem ações diretivas em todos os momentos, sendo a solução dos problemas meras demandas ou obrigações..

São também eles que tomam as decisões, a criança entende que a forma mais eficaz de resolver os problemas é usar a força, dando origem à dependência e ao medo, pois entende que o mau comportamento terá grandes e amedrontadoras repercussões.

Essas crianças costumam ser caracterizadas por baixa autoestima, negligenciando a competência social no que diz respeito à socialização e habilidades sociais. Pessoas de origem com um forte caráter agressivo e impulsivo em suas vidas diárias.

Estilo permissivo

A permissividade se manifesta por meio das baixas demandas dos pais para com os filhos. São os hábitos e atitudes da criança que são aceitos como rotina e valorizados. Além disso, não há imposição nem consenso das normas por serem inexistentes e, portanto, os requisitos são anulados.

Os pais têm como certo que seus filhos são bons e que eles estão no melhor caminho. Portanto, segundo os pais, é sua responsabilidade dar-lhes tudo o que precisam e solicitam, evitando os transtornos que possam surgir..

Em muitos casos, as crianças buscam benefícios permanentes. Os pais costumam eliminar todos os obstáculos, acostumando-os a que tudo se resolva por eles e, causando desrespeito contínuo.

Crianças educadas em um estilo permissivo são frequentemente caracterizadas como pessoas com alta autoestima, bem como baixa competência social para se relacionar com seu ambiente mais próximo..

Eles não são educados para controlar impulsos, pois estão acostumados a adquirir cada um de seus caprichos.

Estilo democrático

A democracia como estilo educacional contempla a criança como um todo. Ou seja, sua percepção dos eventos e suas necessidades são levadas em consideração.

Sem esquecer a importância da disciplina, a figura paterna intervém como um guia e não como um ditador, uma vez que as demandas são expostas tanto pelos pais quanto pelos filhos por meio do diálogo e de explicações adequadas..

Portanto, a criança está ouvindo e as várias regras e demandas são adaptadas à situação específica. Compromete-se com a participação da criança na tomada de decisões, no estabelecimento de normas e, portanto, no enfrentamento das consequências que porventura venham a ser obtidas..

 As crianças aprendem que podem cometer erros, que podem resolver sozinhas os problemas e o papel dos pais é ajudá-las a encontrar o caminho certo, pois a possibilidade de enfrentar os problemas os fará amadurecer.

Essas crianças se caracterizam por apresentar elevada autoestima e bom desenvolvimento socioemocional com aquisição efetiva de habilidades sociais..

Eles se manifestam como pessoas autocontroladas e autônomas nas várias situações que surgem.

Referências

  1. COLL, C., PALACIOS, J. Y MARCHESI, A. (COORDS.) Desenvolvimento psicológico e educação. Vol. 2. Psicologia da educação escolar (597-622). Madrid: Alliance.
  2. BARCA, A. (COORDS.). Psicologia instrucional (vol.3). Componentes contextuais e relacionais da aprendizagem escolar. Barcelona EUB.
  3.  SHAFFER, D. (2000). Influências extrafamiliares I: televisão, computadores e escolaridade. Desenvolvimento social e da personalidade (páginas 425-462). Madrid: Thomson.
  4.  SHAFFER, D. (2000). As influências extrafamiliares II. Os iguais como agentes de socialização. Desenvolvimento social e da personalidade (páginas 463-500). Madrid: Thomson
  5. Como devemos educar nossos filhos (10 de julho de 2016). 

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