Descubra se os antidepressivos são eficazes

3105
Philip Kelley
Descubra se os antidepressivos são eficazes

Vamos falar sobre antidepressivos, ansiolíticos e se eles realmente são tão eficazes quanto parecem ou se muitas pessoas estão com excesso de medicamentos.

Conteúdo

  • Antidepressivos
  • O papel do psicólogo
  • Enfrentando os problemas
  • Combine terapia e medicação
    • Vamos refletir

Antidepressivos

Não vamos tratar todos os medicamentos que existem, porque são muitos, mas vamos falar dos mais conhecidos como o Alprazolam ou o Diazepam, que são os mais voltados para o tratamento da ansiedade.

Também temos alguns antidepressivos bem conhecidos, como a duloxetina, que é um inibidor seletivo da recaptação da norepinefrina e da serotonina, e também temos a paroxetina, que é apenas um inibidor da recaptação da serotonina.

Quando alguém entra em estado de tristeza, depressão, inquietação, melancolia e se deixa levar por essa onda que o invade, vai ao psiquiatra na esperança de que seu problema seja resolvido.

Em muitos casos, esses medicamentos podem ser úteis para nos ajudar, como muletas para sair daquele estado, daquele poço de tristeza, mas na maioria dos casos, o que está escondido atrás de um baixo-astral, após uma depressão, após um inquietação, é falta de capacidade para enfrentar o dia a dia.

O papel do psicólogo

Os psicólogos encontram muitas pessoas que, apesar de tomarem antidepressivos ou ansiolíticos, pela manhã para enfrentar o dia, e quando vão dormir em paz, comentam com você e dizem que, mesmo assim, não estão felizes. Talvez estejam um pouco mais calmos, mas não estão contentes, porque o problema básico não foi resolvido.

Se o que te deixa infeliz é o modo de vida que você tem, seu trabalho, seu ambiente, se você vê que tudo isso te deixa infeliz, talvez o problema não esteja no meio, mas em você, na sua maneira de encarar o que acontece para você e uma pílula não vai te ajudar a resolver isso.

Temos que refletir se a pílula pode realmente nos ajudar a resolver conflitos, porque a grande maioria dos humores negativos vêm do fato de não termos ferramentas adequadas para enfrentar os problemas do dia a dia.

Enfrentando os problemas

Se formos reprovados em um exame após o outro, talvez o problema seja que não temos as ferramentas adequadas para estudar, ou que não temos o método de estudo mais adequado, por isso é surreal pensar que uma pílula pode nos ajudar a passar em um exame . Nesse caso, temos que mudar o método de estudo, dedicar mais horas, ou menos horas mas com melhor qualidade, e passaremos naquele exame.

É o que acontece com a gente na vida, temos que enfrentar situações familiares complicadas, problemas com os amigos ou companheiro, dificuldades de trabalho, enfim, situações cotidianas do dia a dia, contas a pagar, e tantas outras situações.

Muitas pessoas, esses tipos de compromissos ou responsabilidades os deixam muito nervosos, não sabem como enfrentá-los. Muitas pessoas não conseguem enfrentar um novo emprego por medo, ou por não conseguirem entrar no elevador, enfim, qualquer tipo de problema relacionado ao relacionamento, falta de comunicação, etc..

Todas essas situações adversas vão se acumulando e minando nosso humor, nossa autoestima, a alegria de viver, e recorremos ao que achamos mais fácil, que são os comprimidos, os antidepressivos..

Combine terapia e medicação

A paroxetina ou a doloxetina podem aumentar nossos níveis de serotonina no cérebro, mas o problema ainda está lá fora, ou melhor, ainda está dentro de nós, em nosso mecanismo de enfrentamento do ambiente.

O importante é saber combinar as duas coisas, não é uma questão de rejeitar 100% da medicação, nem é uma questão de rejeitar a psicologia 100%, porque há psiquiatras que rejeitam a terapia psicológica, afirmando que a solução para isso tipo de problema é medicação.

Trata-se de alcançar um equilíbrio. Se a pessoa precisa de medicamentos no início, como muletas como a que aprende a andar, ou como a que aprende uma nova habilidade, ela pode precisar de ajuda no início, como a que aprende a nadar com flutuadores, para ajuda para se levantar, para dar os primeiros passos.

Nesse cenário, a medicação seria muito boa inicialmente, para não ter aquela ansiedade, aumentar um pouco esses níveis de felicidade e combiná-la com a terapia para que tenhamos aquela ferramenta necessária para enfrentar a vida, e que esses problemas não causem tanto desconforto para nós.

Vamos refletir

É preciso refletir se é mesmo necessário medicar tanto. Tem paciente que chega super medicado ao consultório do psicólogo, chega dormindo, quase sem conseguir raciocinar ou pensar com clareza, com uma velocidade de raciocínio muito lenta, perder a vista, ...

Nesses casos, essa supermedicalização esconde um problema que não pode ser resolvido. Daqui e mandamos um recado a todos os “atores”, pois é importante saber como manter o equilíbrio entre a medicação e a psicoterapia, que é tão necessária quanto a medicação.

Não vamos esquecer que todos esses medicamentos têm efeitos colaterais. Vamos fazer um esforço, vamos fazer uma reflexão por parte de todos e vamos pensar se realmente muitos de nós estão deixando a felicidade nas mãos de um comprimido para não enfrentar o nosso meio..


Ainda sem comentários